Força Tarefa combate “ratos d’água” que roubavam tinta naval na costa do Amapá

Força Tarefa combate “ratos d’água” que roubavam tinta naval na costa do Amapá

Na manhã desta sexta-feira, 5, a Força Tarefa de Segurança Pública do Amapá deflagrou a Operação Nereus, com o objetivo de cumprir 15 mandados de busca e apreensão e 6 mandados de prisão preventiva nos bairros Elesbão, Ilha de Santana e Comunidade do Ambrósio, no município de Santana.

A investigação iniciou-se após diligências realizadas pela Força Tarefa de Segurança Pública e pela Comissão Nacional de Segurança Pública nos Portos, Terminais e Vias Navegáveis (CONPORTOS), que informou sobre as constantes ações dos “piratas”, conhecidos como “ratos d’água”, que praticavam furtos em navios mercantes na foz do rio Amazonas, próximo à costa do Amapá, e em embarcações fundeadas nas áreas ribeirinhas de Macapá, Santana e adjacências.

Parte da operação que ocorreu na Ilha de Santana.

Os “ratos d’água” estavam roubando a tinta naval, material muito utilizado nas embarcações para reparo e de considerável valor comercial. Durante as investigações, foram identificados vários boletins de ocorrências, sendo cerca de 40% referentes aos furtos e/ou roubos da tinta naval. As práticas delituosas ocorriam, em sua maioria, no período noturno, e os indivíduos utilizavam duas lanchas ancoradas na Ilha de Santana.

A FTSP identificou pelo menos dez indivíduos com fortes indícios de participação nos crimes na área. Um dos envolvidos teria supostamente participado do latrocínio de um velejador neozelandês em 2001, cuja embarcação foi invadida.

Em uma das ações do bando, ocorrida em 28/02/2023, eles adentraram a bordo de um navio proveniente do Chipre, fizeram um tripulante de refém, amarraram suas mãos e pés e venderam seus olhos para roubarem a tinta que havia a bordo.

Latas com tinta naval, eram os alvos dos criminosos.

A Força Tarefa também levantou que os investigados estariam utilizando um depósito, localizado na baixada do Ambrósio, em Santana, para armazenar os equipamentos utilizados nas ações (tintas navais, embarcações, lonas e cabos).

Os “ratos d’água” poderão responder pelos crimes de associação criminosa, roubo e furto qualificado, e se condenados, poderão pegar uma pena de até 28 anos de reclusão, além de pagamento de multa.

A ação de hoje contou com a participação da Polícia Federal, PRF, PM, PC, IAPEN, SEJUSP, Companhia Fluvial do Batalhão Ambiental da PM, Marinha do Brasil, COE/BOPE e do GAECO – do Ministério Público Estadual.

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Redação Santana360

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