Vigilância Sanitária de Santana investiga venda de pescado após casos suspeitos da síndrome de Haff
A Prefeitura de Santana, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (SEMSA), informa que está desempenhado, junto à Superintendência de Vigilância em Saúde do Amapá (SVS) e Secretaria do Estado de Saúde, a investigação dos casos suspeitos da Síndrome de Haff, cujas notificações foram registradas na tarde da última terça-feira, 5, no Hospital Estadual de Santana (HES).
Após o recebimento das notificações, com relatos de que os pacientes apresentaram sintomas relacionados à doença após a ingestão de pescados da espécie Pacu, comercializado em feira localizada no bairro Igarapé Fortaleza, a equipe de fiscalização da Vigilância Sanitária Municipal desencadeou uma fiscalização sanitária no mesmo local na manhã desta quarta-feira, 06 de outubro, para iniciar o monitoramento acerca da procedência do pescado consumido no município.
Durante a abordagem, a equipe registrou a presença de quatro empreendedores que estavam comercializando as espécies dourada, aracu, tamuatá, acari, sardinha, tucunaré, cachorro de padre, ituí terçado, pacu, giju, tambaqui, pirapitinga, além de camarão de procedência da região de Rio Preto, município de Amapá, sendo as espécies pacu, tambaqui, pirapitinga dos estados do Pará e Amazonas. O pescado foi trazido para o município através de embarcações, denominadas de “geleiras”. Entre eles, a Vigilância também identificou um empreendedor que possui um criadouro próprio localizado no município de Mazagão.
Durante a fiscalização, a equipe conversou com empreendedor mencionado nos relatos dos pacientes que se encontram com suspeitas de ter adquirido a doença. O mesmo informou que seu trabalho não se limita à comercialização de pescado e que a última vez que comercializou peixes da espécie pacu, adquiriu as espécies na Área Portuária de Santana em um barco geleira procedente da região de Santarém-PA e que o pescado apresentava boa qualidade para o consumo.
O coordenador de Vigilância em Saúde, Plínio da Luz, ressalta que o município intensificará o monitoramento de possíveis fontes de contaminação e o controle da procedência do pescado consumido no município.
“Vamos trabalhar a prevenção e a informação, levando em consideração a segurança nutricional do pescado para os consumidores e a importância da comercialização desse produto para a economia do município”, informou.
A Coordenação de Vigilância em Saúde Municipal deve reunir nessa quinta-feira, 07 de outubro, com os empreendedores de pescado da Feira do Açaí, no Igarapé da Fortaleza, para orientações com base na nota técnica do Estado.
Casos suspeitos
Os casos suspeitos da Síndrome de Haff foram registrados no dia 05 de outubro, e encaminhados ao Departamento de Vigilância Epidemiológica pelo Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde – CIEVS, através do Núcleo Hospitalar de Epidemiologia do Hospital – NHE, do Hospital Estadual de Santana. São dois casos: um paciente do sexo masculino, de 58 anos, com sintomas de dispnéia intensa, urina escura e mialgia generalizada.
O segundo paciente é do sexo feminino, de 58 anos, tem sintomas de dispnéia moderada, urina escura, dor generalizada, cefaléia e dificuldade para se locomover. Ambos são procedentes do município de Afuá, ingeriram a espécie pacu no dia 04 de outubro e tiveram início de sintomas na manhã do dia 05 de outubro, dando entrada no hospital na mesma data.
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