PMS e IEPA celebram cooperação técnica para controle da malária e dengue
A Prefeitura de Santana e o Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Amapá (IEPA), assinaram Acordo de Cooperação Técnica para a execução de um projeto de pesquisa que utiliza uma tinta inseticida para o combate aos mosquitos Anopheles e Aedes aegypti, transmissores da malária e dengue. Em Santana, a experiência já foi colocada em prática em 18 residências localizadas no distrito Ilha de Santana.
O projeto é inédito no Brasil e está sendo estudado no estado do Amapá e trata-se de uma tinta com efeito inseticida, aplicada em paredes, com objetivo de eliminar insetos vetores de doenças. O registro do produto tramita junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), com o aval do Ministério da Saúde.
O diretor presidente do IEPA, Jorge Souza, destaca que a pesquisa é importante no combate aos vetores de doenças, e que certamente sendo aprovada após os experimentos, será ampliada aos demais distritos e localidades do município. “O Objetivo é diminuir o número de insetos na residência, reduzindo desta forma a incidência de malária e dengue nas comunidades”, explicou.
A expectativa do prefeito de Santana, Bala Rocha, é que o resultado positivo da pesquisa na região agregue às ações de prevenção e controle da proliferação de doenças provocadas por vetores transmissores da dengue e a malária.
As testagens ocorrem em superfícies de madeira sem pintura, sem reboco e com reboco. Em Santana, no primeiro mês de experimento, o produto mostrou 100% de eficácia de mortalidade dos insetos. “A base desse primeiro estudo é saber se, nas condições climáticas do Brasil, a tinta terá o efeito apresentado em outros países, e a partir daí indicar a tinta inseticida ao Programa Nacional de dengue e de malária”, disse o pesquisador em entomologia médica, Allan Kardec.
O teste é feito a partir da pintura da parede com o inseticida. Em seguida, as fêmeas dos mosquitos são colocadas no local. Então os insetos são cobertos com tecido preto para que repousem no local. Os estudos apontam que leva entre 10 e 15 minutos para que os mosquitos Anopheles e Aedes aegypti morram. De acordo com as análises feitas pelo IEPA, o inseticida na tinta pode ter duração de até dois anos.
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