Seminário LGBTQIA+: “é preciso acabar o discurso de ódio e adotar políticas de equidade”
O deputado federal Camilo Capiberibe (PSB/AP) participou nesta terça, 08, do XVII Seminário LGBTQIA+ do Congresso Nacional. Com o tema “Vidas LGBTQIA+ em conexão: (r)existências e convergências”, o seminário aborda o agravamento das desigualdades sociais durante a pandemia, tornando ainda mais vulnerável uma comunidade que luta por acesso a direitos básicos no Brasil e em vários outros países.
“Vamos vencer os preconceitos e as resistências, dentro e fora desta Casa, e aprovar medidas legislativas para a inclusão e a equidade da população LGBTQIA+ em todos os setores de sociedade para que a população LGBTQIA+ esteja presente em todos os espaços de poder e decisão”, afirmou Camilo. O discurso está no link – https://youtu.be/49PQhQ1R–0
O socialista reconheceu como positivas a eleição de mais de 80 vereadores e vereadoras LGBT na eleição municipal – como a vereadora Bia Caminha (PT), em Belém, o vereador reeleito Maurício Gomes (Sorriso/MT); os vereadores Flávio Preto (Cariacica, ES), Jéslei Sallines (Arroio dos Ratos, RS) e Laércio Zancan – Lalá (Marau, RS); e Titia Chiba, vereadora trans (Pompeu,MG) – e a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), em Ação de Inconstitucionalidade do PSB, que autoriza a doação de sangue por homens gays.
Ele alertou para a necessidade de reduzir o ódio à população LGBTQIA+. “1 pessoa trans foi assassinada a cada 3 dias; a cada 26 horas, uma pessoa LGBTQIA+. O Brasil continua sendo um dos países que mais mata pessoas LBGTQIA+, vítimas da LBGTQIA+FOBIA”. “As autoridades policiais e judiciais devem agir com rigor na punição e ter reformulados seus cursos preparatórios para que se deem conta da gravidade desses crimes contra vidas humanas por conta da sexualidade, inerente, inalienável, indissociável. Credo ou orientação política não podem servir de escudo aos criminosos”.
Camilo repudiou os retrocessos impostos pelo governo Bolsonaro, como os discursos de ódio e violência desde a campanha e a extinção da secretaria do governo que elaborava políticas para a população LGBTQIA+ – já no primeiro dia de gestão – e o desmonte do Sistema Único de Saúde (SUS): a negligência que levou ao cancelamento dos exames que indicam o melhor tratamento às pessoas portadoras de HIV por encerramento do contrato e as articulações com as quais o governo Bolsonaro pretende acabar com as políticas públicas de saúde mental que afetam todos os grupos sociais.
O XVII Seminário LGBTQIA+ no Congresso prossegue nesta 4ª-feira e pode ser acompanhado pelo canal da Câmara dos Deputados no Youtube – https://www.youtube.com/c/C%C3%A2maradosDeputadosoficial
A sigla LGBTQIA+ procura abranger toda a diversidade de sexualidades existente: lésbicas, bissexuais, gays, transexuais, Queers, Intersexos, assexuados e outras variações de sexualidade.
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