Boto ferido com arpão no Amapá é procurado em comunidade ribeirinha

Boto ferido com arpão no Amapá é procurado em comunidade ribeirinha

Moradores da comunidade ribeirinha do Ariri, distrito de Macapá, procuraram a polícia para relatar que um boto-vermelho foi visto com um arpão no flanco, na região lateral. Expedições foram realizadas na segunda (24) e na terça-feira (25), mas ele não foi localizado para receber atendimento.

Apesar de não ser o único da espécie na região, o animal é conhecido porque ele já tem o bico decepado. Esse ferimento, segundo o Instituto Mamirauá, que atuou nas buscas, foi em decorrência de interação negativa com o ser humano.

O animal foi visto no domingo (23) com o ferimento. O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) atendeu o pedido de populares e orientou a ida da polícia até a localidade com o objetivo de prestar socorro ao animal. As expedições ocorreram com o apoio logístico de moradores da comunidade. Alguns ribeirinhos apontaram um local onde ele foi avistado pela última vez, um cerco foi realizado, mas nenhum dos botos observados possuía as características do boto procurado.

Participaram da expedição e buscas policiais do Batalhão Ambiental (BA), guarda-parques e biólogos do Bioparque da Amazônia, além de uma bióloga e veterinária especialista em golfinhos de rio, do Grupo de Pesquisa em Mamíferos Aquáticos Amazônicos do Instituto Mamirauá. A missão de resgate foi encerrada nesta terça-feira e a equipe informou que retorna quando ele voltar a ser visto pela comunidade. A equipe se disponibilizou a voltar para a região com o objetivo de conscientizar os moradores sobre os riscos da oferta de peixes aos botos-vermelhos.

O Mamirauá informou que, em 2020, o grupo de pesquisa já havia alertado sobre os riscos decorrentes da interação entre a população e os botos.

Conforme o instituto, alguns animais costumam apresentar comportamento que demonstra certa curiosidade em relação ao homem, principalmente em busca de alimento. Desse modo, os botos ficam sujeitos a índole da pessoa com a qual interage, tanto para fazer o bem quanto o mal.

“Enquanto algumas pessoas gostam desta interação, outras abominam esta relação e acabam ocasionando danos aos indivíduos, a exemplo deste boto que foi arpoado na comunidade. É importante salientar que o molestamento de cetáceos, como os botos-vermelho, é crime ambiental e passível de multa”, destacou o Mamirauá.

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Redação Santana360

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